quinta-feira, 29 de maio de 2008

A História de Sport X Vasco e o Sonho da Libertadores


O Leão poderia ter definido a classificação durante o tempo normal mas, no final, não decepcionou sua torcida, e está classificado para as finais da Copa do Brasil, pela segunda vez em sua história.


Equipe Toca do Leão

Com Mariana Maia


O Sport Club do Recife escreveu, nessa madrugada, mais um capítulo de sua gloriosa história de 103 anos. Jogando no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, e exposto a todo tipo de pressão e manobras extracampo, da torcida e da direção do Vasco, respectivamente, o Leão deixou que os cariocas igualassem o marcador do primeiro jogo, mas soube segurar a vaga nos pênaltis. Estamos na final da Copa do Brasil, pela segunda vez desde 1989 (Sport x Grêmio). Que venha agora o Corínthians!


O extracampo - Mesmo com duas viaturas da PM carioca e batedores para acompanhar a delegação, o Sport não conseguiu fugir dos fogos estourados pelos vascaínos, na noite anterior da partida. Mas, precavido, o grupo rubro-negro tentou minimizar a situação e ficou instalado em apartamentos estratégicos do hotel, além de fazer uso de tapa ouvidos. Além do mais, os jogadores puderam descansar bastante durante o dia da partida.

No estádio, o sr. Eurico Miranda, mandatário do Vasco, tentou intimidar nossa torcida e time, mudando o local destinado aos rubro-negros nas arquibancadas e não deixando que os jogadores leoninos aquecessem no gramado, momentos antes da partida.


A torcida - Os rubro-negros foram em pequeno número, incomodados pelo falta de segurança no acesso ao estádio. Mas os heróis que foram conferir, de perto, seu time não se decepcionaram. Tiveram, sim, muita emoção, o que apenas adiou a comemoração pela conquista - também heróica - dos jogadores, já nos pênaltis.

E os rubro-negros, no final, puderam sair comemorando. Ao contrário de 20 mil vascaínos que devem ter saído tristes...E aí eu pergunto? Adiantou a pressão, Eurico? Volto a dizer: torcida ajuda, mas futebol se ganha nas quatro linhas!


O jogo -
A vantagem de 2 x 0 construída na Ilha, na semana passada, não foi um placar ideal e tão difícil de ser igualado. Assim, sabíamos que o jogo de ontem, diante da limitada (mas com bons atacantes) equipe do Vasco da Gama não seria fácil. De qualquer forma, tivemos chances de matar o jogo nos 90 minutos e não o fizemos, o que só tornou a conquista mais dramática.

Sem poder contar com nosso destaque, Romerito, Nelsinho optou por entrar com Luciano Henrique e mudar o esquema para o 3-5-2, para dar mais consistência à nossa defesa, que tinha a missão de evitar que os cariocas igualassem o placar construído no Recife. Até aí tudo bem.

No primeiro tempo, o time rubro-negro se comportou maravilhosamente. Não só defendeu, mas também jogou no contra-ataque, o que possibilitou três chances incríveis de gol, todas com Leandro Machado. Infelizmente o atacante desperdiçou as três e esses gols acabaram fazendo muita falta no final.


Na segunda etapa, porém, a tranqüilidade da nossa torcida, construída pelo bom primeiro tempo, foi abalada pela postura do time, que voltou totalmente na retranca. O jogo rolava todo no campo do Sport que, como era de se esperar, não agüentou a pressão e, aos 19 minutos, levou o primeiro gol, em cabeçada de Leandro Amaral, após cobrança de falta.

Poucos instantes antes, Nelsinho havia colocado Fábio Gomes no lugar de Luciano Henrique, deixando o time sem criação. Assim, considero o primeiro gol um castigo ao Sport, pelo que foi apresentado até então, na segunda etapa.

Após o gol sofrido, a equipe do Sport acordou em campo e passou a contra-atacar com os laterais e os volantes que tinha. O atacante Enílton - que havia entrado no lugar de Leandro - teve cerca de três boas chances de fazer um gol, mas sempre se enrolava com a bola. No único lance em que agiu com lucidez, Enílton chutou forte, prensado com a defesa carioca, mas o goleiro Tiago desviou a bola, que ainda bateu na trave e saiu.

O Sport, que ainda promoveu a entrada de Éverton no lugar de Sandro, conseguiu equilibrar as ações após a mudança de postura. Muitos rubro-negros já comemoravam, quando, nos descontos (aos 46), Magrão cometeu sua única falha na partida e deu um rebote a Edmundo, que não desperdiçou e fez 2 x 0. Um filme sem final feliz começou a passar na cabeça da torcida leonina, que precisou preparar os nervos para os pênaltis.


Nas cobranças dos penais, para alívio do time, comissão técnica e da torcida, nossos jogadores bateram na bola com muita responsabilidade e frieza, e garantiram a passagem do Sport às finais da Copa do Brasil, agora diante do Corínthians, que também passou pelo Botafogo, nos pênaltis.

Luisinho, Fábio Gomes, Magrão, Dutra e Carlinhos fizeram a festa da torcida do Sport, em São Januário e no Recife. Coube a Carlinhos cobrar o último pênalti e correr para comemorar com os heróis das arquibancadas.

Pelo lado do Vasco, ninguém melhor pra perder uma cobrança do que Edmundo, o mais experiente entre os adversários e que esteve bastante nervoso e irritado em campo.


Valeu, Nelsinho, jogadores, torcida!!! Valeu, Edmundo "Animal"...O Vasco "é o time da virada", mas o Sport é o time da raça! Vai que é tua, Leão...Essa Copa tem que ser nossa!!!

Os heróis da classificação: Magrão; Ígor, Durval e César; Luisinho, Daniel, Sandro (Éverton), Luciano (Fábio) e Dutra; Carlinhos e Leandro (Enílton). Técnico: Nelsinho Batista.

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