terça-feira, 11 de março de 2008

Rivalidade violenta e Justiça

Equipe Toca do Leão
Por Mariana Maia

(Com informações do Diário de Pernambuco*)

Já que escrevemos a respeito da quantidade de ingressos para o clássico, vamos discutir agora a violência entre torcidas. Lembro o primeiro clássico pelo Pernambucano do ano passado (dia 5 de fevereiro), nos Aflitos, quando as catracas para a torcida do Sport (que deveriam ser em número de quinze) quebraram, ficando apenas duas entradas para a torcida do Sport.

Na ocasião, vários torcedores rubro-negros, para não perderem o ingresso e a partida, acabaram entrando no estádio pelo lado alvirrubro, tendo que passar em meio à torcida adversária, para chegar ao local reservado para o Sport. Durante essa passagem, os leoninos foram xingados, agredidos fisicamente e alguns ainda tiveram suas camisas roubadas.

De quem é a culpa?! - Naquele jogo, a Polícia Militar não tomou as devidas precauções, no momento da entrada dos rubro-negros. A direção alvirrubra limitou-se a dizer que, mesmo com as catracas quebradas, a responsabilidade pela entrada dos rubro-negros pelo lado adversário era dos próprios torcedores e da PM, isentando, assim, o clube dos Aflitos de qualquer responsabilidade.

E o Estatuto do Torcedor, aonde fica numa hora dessas? O torcedor, com o ingresso na mão, iria perder seu lazer por causa de demora na entrada, equipamentos que não funcionavam ou fechamento prévio das entradas para o Sport?

Ação do MPPE - O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do promotor Maviael de Souza, responsável pela defesa do consumidor, entrou com uma ação civil pública, no último dia 28 de fevereiro, estipulando uma multa para o Náutico, no valor de R$ 60 mil, por danos morais e materiais coletivos.

O Dr. Maviael de Souza afirmou, em entrevista ao Diário de Pernambuco, que entrou com a ação porque o Náutico não tomou as devidas precauções para aquele jogo, fazendo a torcida do Sport passar por constrangimentos.

De acordo com o promotor, mesmo a multa tendo sido indeferida, num primeiro julgamento, o MPPE poderá investigar ainda mais o que ocorreu naquela partida e juntar mais provas para demonstrar a má administração alvirrubra na partida. Caso o MPPE consiga punir o Náutico, a multa de R$ 60 mil irá para o Fundo Estadual de Defesa do Consumidor.

*Matéria do DP de quinta-feira, 6 de março
(www.pernambuco.com)
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